terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Lembrei-me.
Aquele rosto de que só se via os olhos. Nem sei se me olhavam.
Achei que pediam auxílio. Na verdade, achei que pediam para a deixar partir.
Cruzei-me com esta pessoa nos cuidados intensivos.
Depois de novo passados uns dias nos cuidados intermédios.
Impressiona porque era nova de idade, aparentava pelo menos.
Uma dificuldade extrema em respirar, os dedos enquerquilhados, enfim um quadro de sofrimento, para ela e para quem a observava.
Dei por mim a pensar que terrível doença seria aquela, que tinha retirado a vida, a mobilidade...

Ela faleceu no dia a seguir.
Com muita agitação e ainda mais dificuldade em respirar.
A minha mãe até se apercebeu e chamou por diversas vezes os enfermeiros para verem o que se passava.
De repente o corpo dela deixou de mexer.
Ficou imóvel por algum tempo.
Tinha partido e finalmente ganho a liberdade do seu corpo.
Era Parkisson bastante avançado.

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